O
bom da vida é que o que não
fazemos hoje, podemos fazer amanhã;
O bom da vida é que se não
valorizamos hoje, podemos valorizar amanhã.
Eu
faço isto. Tu fazes isto. Todos nós
acabamos por fazer isto. Mas a verdade é que, sim, nós
podemos deixar para amanhã,
mas também é verdade que ninguém sabe o que se vai suceder dentro
de 24 horas, por mais que planeei. Tudo pode mudar num estalar de
dedos ou numa questão de segundos. E depois? Que adiantou deixar para depois? Para quê
adiar um abraço? Um simples ‘’gosto de ti’’? Para
quê adiar o que nos faz feliz? Porquê não
desfrutar
de tudo aquilo que nos dá
prazer e que dá
o real sentido da vida? O que interessa é sermos felizes. E se não
dá
para ser a tempo inteiro, que seja através de momentos. O que
interessa é vivê-los! Não
é isso que todos nós
queremos?
Bom,
eu quero! Ok, falar é fácil,
o difícil
é pôr em prática
certas ações,
mas relativamente aos dois aspetos iniciais que referi, o segundo eu
não
deixo para depois. Se quero abraçar, abraço. Se quero dizer o
quanto gosto de alguém, eu digo, mil e uma vezes por dia se for
preciso, mas digo! Valorizar ‘’alguém’’ é AGORA, quando
essa pessoa está
ao nosso lado, presente mesmo que não
fisicamente.
É
por isso que falo com o coração
a maior parte das vezes em que eu e ele conversamos.
Porque gosto dele AGORA! E é agora que o precisa de saber. É
agora que quero ser feliz com ele; Que quero correr para os seus
braços e lá
ficar até que não
dê mais; Que quero olhar nos seus olhos e fazer com que leia nos
meus lábios
o quanto é especial para mim; Que quero brindá-lo
com o meu maior sorriso porque algo de maravilhoso me aconteceu e
quero partilhar com ele; Que quero o seu ombro para me reconfortar
porque algo correu menos bem; Que quero adormecer ao seu lado; Que
quero acordar a meio da noite e ficar a olhar para ele enquanto
dorme; Que quero acordar mais cedo e preparar-lhe o pequeno almoço
para que, quando acorde lho possa levar; Que quero passear de mão
dada com ele, não
para mostrar que estamos juntos, mas para sentir que estamos juntos;
Que quero jantar à luz das velas só
com ele ou num cenário
menos ‘’formal’’, almoçar ''comida de plástico'' no sofá.
O que interessa é que ele seja a companhia; Quero ouvi-lo cantar até
me desfazer em lágrimas; Que quero que me ajude a cozinhar; Que quero que olhe para mim e
sorria de forma diferente da forma que sorri para os outros; Que
quero assistir a filmes agarrada a ele; Que quero que fiquemos horas
a conversar com ele deitado nas minhas pernas; Que quero uma lista
infindável
de momentos onde nós os dois somos as personagens principais do
nosso próprio mundo.
É agora que quero mais que tudo, apaixonar-me ainda mais por te observar sem dares pela
minha presença. É agora que quero uma vida ao teu lado.
Tudo
isto... AGORA!
Pedro Chagas Freitas