Este dia foi e é sem dúvida o meu #Momento 2!
Apresento-vos - para quem naturalmente não o conhece- o Filipe
Delgado, detentor de uma das melhores vozes de Portugal na minha
opinião.
Relembrar este dia provoca-me um misto de sensações. Foram breves
minutos que pareceram segundos, mas que têm um valor enorme para
mim. Foi uma tarde BASTANTE chuvosa, acreditem! Mas, em nenhum
momento arredei pé, mesmo estando completamente desprovida de
qualquer objeto que me abrigasse da chuva. O resultado? Bem, esse não
foi o melhor. Saí de casa a sentir-me uma ‘’diva’’ e pouco
depois de ter chegado ao local mais parecia que estava em casa e em pleno chuveiro.
Mas, afinal o que interessa é contar como tudo aconteceu não é?
Como acabei de contar, estava a chover bastante e já depois de estar
encharcada, fui ao encontro das pessoas que estavam comigo nesse dia,
neste caso, parte da minha família. Assim que os encontrei, por
ironia do destino, parou de chover. Então, tratei de me tornar de
novo ‘’apresentável’’ perante a sociedade e é nesse momento
que começo a ouvir esta grande voz a cantar e... Que dizer? Não
pensei em mais nada. Desatei a correr para o sítio em que me
encontrava antes e por entre a multidão que por ali andava
espalhada, e qual a dificuldade? Conseguir de novo o meu lugar no
meio de tanta gente ali presente. Óbvio que não consegui, mas
felizmente fiquei de novo bem posicionada. O menos bom? Apenas
assisti aos segundos finais da sua atuação. Que fiz de imediato? Um
‘’coração’’ com as mãos o mais alto que consegui na
tentativa que ele conseguisse ver, mas isso não aconteceu. Qual a
parte boa? Faltava ainda uma atuação. Permaneci lá à espera.
Chegado o momento cantarolei esbanjando felicidade e terminei a bater
palmas efusivamente! De novo ergui o ‘’coração’’ bem no
alto e desta vez ele viu, sorriu e acenou e o facto de ter sido só
para mim deixou-me num estado de pura euforia e que demorou algum
tempo a ‘’abandonar-me’’. Como pensava ser a sua última
atuação, á semelhança do que aconteceu no seguimento da primeira,
desatei a correr até à saída do palco com a esperança de o
encontrar e ‘’registar o momento’’. Foi um caminho longo. Não
tanto no verdadeiro sentido da palavra, ainda que, não eram apenas
‘’três passos’’ até lá, mas ‘’longo’’ porque
estava muita gente presente e por todo o lado e dessa forma o caminho
parecia maior. Como se diz ‘’quanto mais depressa, mais
devagar’’. Assim que cheguei não o encontrei. Esperei. Esperei.
Nada dele. Como sou de ideias fixas, comecei a ‘’cercar’’
todas as saídas e todos os sítios por onde possivelmente poderia
passar ou estar, na tentativa de o encontrar finalmente. Nada!
Detesto a sensação de não conseguir alcançar um objetivo. Mas,
heis que o oiço de novo em palco. Nesse momento percebi que não o
encontrei porque ele não tinha saído das traseiras do palco. A
parte boa de não estares na tua cidade é que noutra, à partida
99,9% das pessoas não te conhecem e podes correr, fazer tudo e mais
alguma coisa que não te sentes envergonhada pois a probabilidade de
as voltares a encontrar é mínima. Foi o que fiz. Mas, quando estava
à procura de um lugar em frente a ele pensei que provavelmente não
chegaria a tempo de o encontrar no fim da atuação e então, voltei
para o sítio onde estava antes. A certa altura a minha cunhada
desistiu de andar atrás de mim porque era quase impossível ela
conseguir acompanhar-me. Por entre corridas a atuação terminou e eu
não estava no local que devia estar. Aumentei a velocidade (risos).
O momento da minha chegada coincidiu com a saída dele e assim que o
avistei... Bem, imaginem aquelas cenas românticas, onde o fundo é
um campo totalmente verde e as personagens correm lentamente para os
braços uma da outra. Qual a diferença em relação ao cenário
descrito? Foi tudo menos um momento romântico, aconteceu de modo bem
rápido e se eu ia a correr ele ia tudo menos a fazer o mesmo, pois
nem sabia que eu lhe ia cair literalmente nos braços. Sim, foi mesmo
isso que aconteceu! Eu corri na sua direção e abracei-o de forma
esmagadora. Deu para perceber que o apanhei completamente
desprevenido. Foi um momento previsivelmente emocionante para mim.
Deu para trocar umas palavras e para fotografar como tanto desejava.
Curiosamente o momento da despedida foi o mais marcante. Se quando o
encontrei fui eu que o abracei, naquele instante foi ele que me
abraçou a mim. Relembro com o maior dos carinhos. Enquanto nos
abraçávamos só lhe consegui dar os parabéns e ele agradeceu como
era de esperar. Depois, cada um de nós seguiu o seu caminho. Como
classificar esta tarde? Boa demais para ser verdade. MAS FOI!
Aqui está resumido (de forma muito alargada, eu sei, mas, não
poderia ser de outra forma), um dos dias mais especiais que vivi até
hoje. Não posso concluir sem antes contar que no dia seguinte lhe
enviei mensagem através das redes sociais para de forma mais
‘’pacata’’ lhe falar de coração e também para lhe contar
que a fui eu que o abracei daquela forma ‘’matadora’’ e que
foi para mim que ele acenou quando me encontrava no público. O
melhor? Ele lembrou, associou, reconheceu e agradeceu. Jamais
esquecerei!
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